sexta-feira, 1 de julho de 2011

Procurando um Emprego

Gostaria de compartilhar aqui esta fase de buscar mais um desafio, eu como muitas mamães fica com o coração apertado e querendo fazer o que é melhor para seu filho. Enfim, a fase tá difícil e preciso correr atrás de uma renda extra, estou em busca de um novo emprego. Os sonhos de todas as mamães é poder compartilhar um emprego, mas, também poder conciliar sua rotina para manter uma participação na vida e no desenvolvimento do seu filhote, porque passa muito rápido e depois caimos no remorso de que podíamos ter feito mais. O Pepo já fica na creche o dia todo e eu com o meu negócio em andamento posso arrumar um trabalho fora e saber admnistrar tudo ao mesmo tempo, só que é difícil achar um trabalho nesta fase quando se tem um filho tão pequeno ainda... Fui esta semana em algumas agencias de emprego deixar curriculo e a primeira coisa que eles perguntam é se você tem filho, a segunda é quanto anos ele tem... E a terceira é onde ele fica o dia todo... Anotam tudo isto no nosso currículo como se fossem obstáculos para você assumir um compromisso de trabalho. Imagine se eu falasse também nesta pré-seleção se o meu filho é uma criança autista, aí acho que eles poderiam até já jogar meu curriculo no lixo assim que eu virasse as costas.




Vamos lá, vou correr atrás porque o que eu não posso é deixar de ter as coisas para manter meu filho e aí vou ficando com o coração dividido e ainda um dia seu Deus quiser, com saúde e garra vou ter condições melhores de vida para poder ter mais tempo em ajuda´-lo com terapias, atividades, natação, Ecoterapia, criatividade e tudo que puder fazer ele um hominho mais feliz e estar lá presente nestes momentos em suas conquistas e descobertas.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Correu tudo bem! Mais uma etapa que passamos juntos...

O Nosso Pepo teve uma cirurgia há uma semana atrás das adenóides, achei que seria muito mais difícil superar esta fase do que foi na verdade. O Pedro é um menino muito forte e resiste bem a qualquer obstáculo, mesmo sabendo que ele não entederia porque passou por isto, ele superou bem a fase pós operatória. Correu tudo bem na cirurgia, o primeiro dia foi difícil mas depois ele ficou só em casa com muito carinho da família, só de sopinha e coisas boas pra fazer... O difícil foi segurar ele para não pular e não fazer esforço, esta parte foi quase que impossível.... Ele queria brincar e pular mesmo explicando que não podia, mas com a Graça de Deus o meu amado Pepo superou mais esta.
Hoje a rotina voltou ao normal, claro que ficamos mal acostumados porque não é fácil voltar a rotina depois de passar uma semana inteira grudados a base de comilanças gostosas, carinhos, dorminhocas, desenhos e brincadeiras só dentro de casa. Ele não podia sair para evitar qualquer tipo de infecção e agora no invernão também não dá vontade nenhuma de sair de casa.
Ele chegou feliz na escolinha, também devia estar com saudades dos amiguinhos e das professoras, agora é encarar os frios destas manhãs...
E ele se recuperar e quem sabe ajudar a falar depois desta cirurgia.

Vamos em busca de tudo que for melhor para seu desenvolvimento!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Tensão no ar...Coração de mãe tem aguentar forte.

Estou há 3 dias sem dormir direito, com alguns pesadelos e preocupações, é a tensão de uma véspera de uma mudança na vida do meu filho.
O nosso Pepo será submetido a uma pequena cirurgia amanhã as oito da manhã, é uma cirurgia simples para a retirada de adenoides e também uma melhoria no seu ouvidinho... Tudo vai ser para melhorar sua vida, sua fala, sua respiração e também a sua audição. Tá tudo pronto, hora marcada, médicos agendados e competentes, hospital com toda estrutura necessária, e só eu que não sei se estou pronta a ve-lo tão pequeno passando por um momento de grande mudança. Ele vai se recuperar logo eu sei, ele é um menino muito forte e saudável, só não sei como será os dias depois desta cirurgia, porque como convencer a um ser tão pequeno e agitado a não se esforçar muuito e ter muita calma porque é uma fase e vai passar e se Deus quiser para melhor.

Torçam aí para correr tudo bem e papai do Céu me ajuda mais uma vez nesta super missão e que  meu coração seja forte também AMÉM!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Para ser mãe não basta querer, tem que ter muuuita participação e o dom de amar incondicionalmente....

Olá, meu nome é Cristiane sou mãe do Pedro Vinícius, hoje estou com 35 anos, meu filho nasceu há 3 anos e tres meses, foi uma alegria imensa na minha vida. A chegada dele ao mundo fez eu realmente aceitar o papel de mãe como eu sonhava e pedia a Deus. 


Tenho só um filho e hoje sei o quanto é necessaria uma dedicação a um ser humano que veio ao mundo sem saber nada e nem o porque esta ali, e o quanto ele vai precisar de você para conhecer este novo universo, noites mal dormidas, cólicas, fraldas, mamadeiras... Enfim, tudo aquilo que nós mamães já sabemos da maratona que nos espera, mas todo o
cansaço vale a pena quando você vê aquele ser humano de um rostinho tão pequeno ainda com os olhinhos te apreciando e querendo seu colo, seu carinho e somente amor para aconchega-lo. Só que eu como muitas mães que devem ter tido a mesma missão que a minha aqui na terra, fui premiada em ganhar um filho especial de Deus. Não quero também ficar aqui enchendo a boca e  achar que o minha  história é a melhor, mas acredido que nada mesmo nesta vida é por acaso...

Quando meu filho estava prestes a completar 1 ano de vida, eu percebia em seus olhinhos que algo era diferente, mas totalmente leiga em assuntos de crianças especiais não dei bola, porque nós pais sempre achamos tudo normal em nossos filhos, achamos que ele é lindo e é assim, nunca queremos aceitar algo diferente ou fora do padrão de todas as crianças... E assim levava a vida adiante, na missão de cria-lo para dar seus primeiros passos, tudo ia bem como mandava a natureza... O Pedro começou a andar com 1 ano e 20 dias, e neste mesmo ano começamos a etapa de adaptação a escolinha, tudo foi correndo bem, claro que o primeiro ano da escolinha tem muito mais viroses do que outras atividades escolares, ou seja, o Pedro ficou mais tempo se recuperando e criando sua imunidade do que frequentando a escola em tempo integral.
Depois de completar 2 anos de vida, começaram os questionamentos de amigos e familiares: Este menino ainda não fala? Ah!! Nós mães e pais de primeira viagem sempre com a esperaçança ilusória de que: "Ah é normal, ele vai falar logo"...  E este logo nunca chegou! A mesma escolinha veio me questionar se o Pedro tinha problema de audição porque ele nunca olhava quando era chamado igual atentamente os outros amiguinhos correspondiam. Mesmo sabendo que meu filho tinha a audição perfeita, para tirar qualquer suspeita fiz testes auditivos e exames para confirmar sua perfeita audição. Foi quando orientados por profissionais como a fono, resolvi procurar a consulta com um neuro muito bem indicado em Florianópolis e com consultas e acompanhamentos com Pediatras e Neuros ouvimos a palavra que jamais pensariamos ouvir na vida: "Autismo", sim o nosso filho tinha algumas características de uma criança autista, um choque e uma rejeição em aceitar que um menino tão esperto, carinhoso, fácil de lidar e que nao estranha ambientes nem pessoas pudesse ter o tão desconhecido por mim na época o quadro de Espectro autista.
Hoje consigo avaliar e olhar o Pedro como uma criança autista, mas confesso que levou mais de um ano para eu acreditar nisto,  passava mais pela minha cabeça que era engano dos médicos e especialistas, que era só um atraso natural dele, que ele era preguiçoso para falar, etc...Porque afinal o meu filho não era tão diferente assim... Eu realmente que estava fora da casinha e bem por fora do que era um ser autista.
O Pedro apresenta sintomas leves de autista, e graça a Deus ele é bem saudável e tem uma vida normal, come, corre, brinca, faz muitas artes como todas as crianças desta idade, o que realmente atrasa o desenvolvimento dele é a falta de comunicação, ele  ainda não fala...Tudo que quer ele pega em nossas mãos para mostrar aquilo que ele precisa. Com muita ajuda familiar, terapias, escola, tudo vai contribuir para que ele possa se comunicar com o nosso mundo e ficar mais e mais no nosso universo real. Não tenho vergonha e muito menos resistência em ter um filho como ele, claro que em alguns momentos tudo se torna mais difícil e cansativo, e assim vamos vivendo e eu fico cada vez mais na luta de   ve-lo cada dia mais feliz e pronto para enfrentar este mundo tão complicado.


Quero diariamente compartilhar aqui minhas idéias, medos, dúvidas, momentos e ajudar a todos conhecer o nosso Pepo  (E o autismo) que é um menino diferente e vivenciar com outras pessoas que são assim como ele, que nos surpreendem e tem assim um encanto de viver, porque viver junto de uma criança especial como Pedro é uma alegria que não tem fim...


E vou abrir o blog com um vídeo que é sensacional e diz tudo do que é ser diferente (O Pedro ama este vídeo):